segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

A história de Antônio Marcos, cantor galã que perdeu tudo


Antônio Marcos: do auge à derrocada Créditos: Arquivo Pessoal / Revista J.P
Recordar é viver! Edições passadas das revistas J.P, PODER, Modo de Vida e MODA vão ressurgir com a seção “Baú Glamurama”. A matéria da vez é “Apenas um Romântico”, da revista J.P, de Renato Fernandes, nosso colaborador. O tema? A vida nada mansa de Antônio Marcos, cantor galã dos anos 70, que virou alcoólatra e  foi levado à decadência. 
O Último Romântico
Antônio Marcos levou multidões à loucura com sua bela voz e porte de galã. Cantor e compositor de clássicos populares dos anos 70, fez Roberto Carlos vender milhares de discos com a música “Como Vai Você”. Ex-marido da cantora Vanusa e da atriz Débora Duarte, deixou muitas mulheres apaixonadas. Mas foi tragado pelo alcoolismo.
São Paulo, verão de 1975, o casal Vanusa e Antônio Marcos toma o café da manhã ao lado das pequenas filhas, Amanda e Aretha. De repente, a mais velha diz que não quer mais ir para a escola: “As crianças, durante o recreio, gritam que meu pai é bêbado”. A cantora gela e pede à babá que leve as meninas para o jardim. Há tempos que ela adiava aquele momento. “Está vendo, Toninho, o que você está causando à suas filhas?” O cantor nada responde. Vanusa continua: “Chegou a hora de você escolher: ou a nossa vida ou o seu scotch.” Antônio Marcos ergue a garrafa de uísque, dá um gole e diz, sem encará-la: “Nunca vou parar de beber”. Sem nada mais dizer, ele levanta-se e vai embora. Vanusa debruça sobre a mesa e desaba a chorar. A xícara vira e o café escorre pela toalha. Terminou assim o casamento que durante seis anos fora o mais badalado da música popular dos anos 70.
A Ascensão
Antônio Marcos Pensamento da Silva nasceu no dia 8 de novembro de 1945, em São Miguel Paulista, distrito da zona leste de São Paulo. É o segundo dos oito filhos do alfaiate e vendedor de livros Vicente e de dona Eunice — hoje com 91 anos –, costureira, poetisa e compositora. Como era fraquinho, o aluno do grupo escolar Vila Sinhá costumava contar que chegou a tomar injeção de sangue de cavalo na infância, seguindo as instruções de uma benzedeira. Começou a trabalhar cedo, para ajudar a família de baixa renda. Torcedor aficionado pelo time do São Paulo, foi office-boy do banco Ítalo-Brasileiro e balconista de uma loja de sapatos. E, desde pequeno, cantava nas formaturas da escola. Sabia de cor as canções de Bob Nelson, cantor country pioneiro no Brasil. Mas, aos 12 anos, já dava os primeiros goles nos botecos de São Miguel. Matava aulas para ir ao cinema, compor poesias e tocar violão na casa dos amigos. Por isso, só conseguiu concluir o segundo grau com muito esforço.
Desde sempre chamava a atenção por seu belo porte e carisma: fazia pontas em programas da TV Tupi. Sua voz garantiu-lhe uma vaga no coral Golden Gate, dirigido por Georges Henry e uma participação no programa de rádio de Albertino Nobre, onde foi nomeado “A Voz de Ouro de São Miguel”. Em 1962, esteve na Ginkana- Kibon, apresentada por Vivente Leporace e Clarice Amaral, na TV Record. Lá, cantou “Only You”, sucesso de Elvis Presley, de quem ele colecionava os discos. Dois anos depois, é destaque ao cantar, tocar violão e imitar cantores no programa de Estevam Sangirardi, na rádio Bandeirantes.
O rapagão também era talentoso nos tablados e logo foi fisgado pelo Teatro de Arena. Tornou-se ator principal das peças Pé Coxinho e Samba Contra 00 Dolar. Em 1965, junta-se a mais três rapazes e montam o quarteto Os Iguais. Estouram com a música “A Partida”, mas Antônio Marcos nasceu para brilhar sozinho e, dois anos depois, lança seu primeiro compacto com duas músicas: “A Estória de Quem Amou Uma Flor” e “Perdi Você”. O disco não fez muito sucesso, mas aquela voz sobressaiu. O cantor logo conseguiu gravar seu segundo compacto e estourar nas paradas com a música “Tenho Um Amor Melhor Que o Seu”, de autoria de Roberto Carlos. A música toca em todas as rádios e Antônio Marcos torna-se coqueluche nacional: o homem ideal das mocinhas românticas da época, com 1,82 m, cabelos lisos, robusto e dono de uma voz de ouro.
Os tempos de vacas magras vão ficando para trás. Na estante de casa, já acumula prêmios – como o Roquete Pinto e o Chico Viola, de 1969 — e compra seu primeiro carro, um Corcel Luxo. E embala um romance com uma das estrelas da Jovem Guarda, o Queijinho de Minas Martinha: “Antônio Marcos foi o grande amor da minha vida. Ficamos dois anos juntos como num conto de fadas. Na minha casa, tinha uma parede, como se fosse uma cortina, com seus poemas. Só que ele queria ‘juntar’ e eu queria casar”, lembra a cantora e compositora, que teve sua música “Sou Eu” gravada no primeiro disco do cantor.
Em 1969, com 21 anos, Antônio Marcos dá uma guinada durante o IV Festival de Música Popular Brasileira, da TV Record, quando ganha o prêmio de melhor intérprete. Ele nem liga para as vaias, canta lindo, com os cabelos longos e uma camisa de renda preta aberta até o umbigo, exibindo o tórax cabeludo. Ao ver Vanusa — que levou o terceiro lugar do festival cantando “Comunicação” –, se encanta e dá a ela uma flor: ao vivo e em preto e branco, como era a televisão na época.
Os dois já haviam se encontrado meses antes rapidamente no escritório da gravadora RCA Victor: “Nos vimos e o ar parou. Ele me deu um disco e, em casa, quando ouvi aquela tremenda voz, eu me apaixonei na hora’’, lembra a cantora, que naquele dia, terminou o namoro com o cantor Fábio. E, após o festival da Record, alguns cantores foram comemorar na casa de Antônio Marcos, no Brooklin, bairro da capital paulista. Providencialmente, Edith, na época assessora de Roberto Carlos, deu um jeito de Vanusa pegar uma carona no Sinca Chambord lilás do cantor. Na casa dele, pura festa: todos cantando e bebendo em volta da piscina. Até que Vanusa descola um maiô emprestado, dá um mergulho e braçadas a la Esther Willians que deixa todos os convidados surpresos: “Saí tremendo de frio e fui para o um quarto, na edícula. Tirei o maiô, fiquei nua e entrei embaixo da coberta. De repente, sinto alguém entrando. Sabia que era ele. Fizemos amor na cama da empregada”, confessa.
Na tarde seguinte, já tomavam sorvete juntos. E, daquela casa, Vanusa não saiu mais. Os dois passaram a morar juntos, mas não eram casados, como exigia os padrões rígidos da época. Isso porque os artistas naquele tempo não podiam se casar para alimentar os sonhos dos fãs. Então, Vanusa ficou grávida e passou a ser xingada nas ruas pelas tietes de Antônio Marcos. Em uma apresentação do cantor em Quem Tem Medo da Verdade, o casal foi tão massacrado que Vanusa — assistindo ao programa sozinha em casa – passou mal e acabou perdendo o bebê aos cinco meses de gravidez. Com o sofrimento da cantora, as fãs se sensibilizaram e a imprensa passou a chamá-los de “Casal 20”.
No mesmo ano, Antônio Marcos emplacou nas rádios a música “Menina de Tranças” e, na televisão, como galã do folhetim Toninho On the Rocks, feito para ele estrelar no horário nobre da TV Tupi e que também tinha Raul Cortez e Marilu Martinelli no elenco. A mocinha da trama? Débora Duarte. Em uma tarde, um silêncio constrangedor tomou conta dos estúdios da Tupi, no Sumaré, onde gravavam a novela. Vanusa passou por lá para fazer uma surpresa para Antônio Marcos e flagrou-o, na cama do cenário, dando um beijo em Débora. Ele justificou que era o ensaio de uma cena, mas a desculpa não colou. A cantora, novamente grávida, disse-lhe que estava tudo acabado e sumiu pelos corredores da emissora. Foi para a casa da mãe. Inconformado, Antônio Marcos ligava para ela de hora em hora, mandou flores, presenteou-a com um anel de brilhante. Até que a cantora o aceitou de volta.
O Auge
Sucesso na TV, Antônio Marcos estreia no cinema com o longa-metragem Pais Quadrados, Filhos Avançados, dirigido por J. B. Tanko. “Ele chegou atrasado à pré-estreia, no antigo Cine Regina [no centro de São Paulo]. Depois do filme, nem falou nem subiu no palco. Estava indisposto”, conta hoje Mauricio Kus, um grande divulgador de filmes nacionais dos anos 70. A indisposição era em decorrência de umas doses a mais. “Ele bebia muito e não comia. Seu café da manhã era uísque”, confirma Vanusa. O cantor chegou a bater o carro várias vezes por dirigir alcoolizado. Certa vez, teve perda total de uma Ferrari: no problem, como estava no auge da carreira, em 15 dias já tinha outra garagem.
Apesar do pileque constante, ele era muito vaidoso. Tinha um closet cheio, com diversos tipos de botas e ternos de muitos tons e com brilho. Em uma loja, se gostasse do modelo de uma camisa, levava de todas as cores. E lançou moda: foi um dos primeiros homens a usar macacão no Brasil. Afinal, Antônio Marcos, ao lado de Wanderley Cardoso e Paulo Sérgio, era ídolo do programa Os Galãs Cantam e Dançam, de Silvio Santos. Também fazia sucesso nas fotonovelas: em uma delas, aparece dando um beijaço em Vera Fischer, na época estrela da pornochanchada A Super Fêmea. No cinema, em Som, Amor e Curtição, contracenou com as belas Betty Faria e Rosemary. E, no mesmo ano, em 1972, Antônio Marcos oficializou o casamento com Vanusa, depois que Amanda, a primeira filha do casal, nasceu. O casal ainda teve mais uma filha, Aretha, e, com a ajuda de Silvio Santos, que sempre gostou muito do cantor, compraram uma casa na rua Joaquim Nabuco, em São Paulo.
Ele também era respeitado como compositor. Foi em um jantar na casa de Nice e Roberto Carlos, no Morumbi, que ele apresentou “Como Vai Você”, que rendeu ao ícone da Jovem Guarda mais de 700 mil discos vendidos.
Antônio Marcos ganhava malas de dinheiro com seus shows. Mas também gastava muito. Chegou a dar seu carro para um taxista bêbado que lamuriava em um bar. Aliás, não era raro o cantor fazer essas “doações”: costumava comprar comida em restaurantes nobres para dar a mendigos e dividia o que tinha na carteira se um amigo estivesse “duro”. Atitudes de um homem generoso, lamentavelmente consumido pelo alcoolismo. “Eu perguntava por que ele bebia tanto e ele respondia: ‘Não sou deste planeta, o mundo é muito cruel e desigual’”, ressalta Vanusa.
Saía sem avisar seu paradeiro e chegava a virar noites. Certa vez, chegou a sumir por quatro dias. A atriz Elsa de Castro sabe bem: “Eu era louca por ele. Jantávamos na churrascaria Eduardo´s, no centro. Ele bebia muito, mas era gentil e não parava de falar na Vanusa. Aí, eu o levava para casa”, conta. Devido aos sumiços, sua mulher chegou a ter de substituí-lo em dois shows. “Nunca fui tão vaiada, foi tão traumático quanto o vídeo do Hino Nacional no YouTube [refere-se a uma interpretação polêmica que a cantora fez em março de 2009 e virou hit na internet]”, compara Vanusa, que acabou se separando do cantor no começo de 1975.
Em abril do ano seguinte, uma manchete chega às bancas de todo Brasil: “Bomba/Confirmado, Romance de Débora Duarte e Antonio Marcos”. A atriz, segundo o cantor dizia para os amigos, apresentara a ele um novo mundo, que se refletiu em seu novo visual: cortou o cabelo, passou a usar franja e bigode. Meses depois, o casal mostrou sua residência, no Morumbi, na capa de um especial da revista Amiga: “Os ídolos da TV e suas casas fabulosas”. A mansão tinha piscina, campo de futebol society, veludo nos sofás e um bar de aço escovado. E, em julho de 1977, tiveram a primeira filha, Paloma Duarte.
Débora e Antônio Marcos apresentaram juntos o programa Rosa e Azul, na TV Bandeirantes, que tinha, em 1979, atrações musicais como Miss Lane, Djavan, Lady Zu e Sidney Magal. Na mesma emissora, estrelaram a novela Cara a Cara, de Vicente Sesso, que também tinha no elenco Fernanda Montenegro, David Cardoso e Luiz Gustavo. O casou até gravou um compacto com as músicas da novela. Mas, no início dos anos 80, se separou e Antônio Marcos “entrou em parafuso”, como o próprio declarou. Pensou em largar tudo para ser garçom em Amsterdã. “Se tenho de ir ao fundo do posso, eu vou. Sou mais ou menos insuportável”, reconheceu. Dois anos depois, eles tentaram uma reconciliação, que não durou muito.
A Decadência
Aos 39 anos, Antônio Marcos conheceu sua terceira mulher, no aeroporto de Natal. A modelo Rose, quase 20 anos mais nova que ele, teve um menino, Antônio Pablo, que levou este nome em homenagem ao poeta Pablo Neruda, um dos favoritos do cantor. Pai novamente, o cantor se viu em um mau momento. Sua carreira já não era a mesma, ele não era mais convidado para fazer novelas e não estourava hits nas rádios. Até que uma nova parceria, com o compositor e produtor Antônio Luiz, deu-lhe novo ânimo. Antônio Marcos se aproximou do autor de “Tic Tic Nervoso” — um hit dos anos 80 – nos bastidores do programa do Bolinha. “As pessoas davam drogas para ele, mas não davam mantimento. Cheguei a fazer ligações anônimas ameaçando mandar a polícia atrás delas’’, conta Antonio Luiz, que, em 1985, compôs com Antonio Marcos 12 músicas para a peça Zé Criança, onde Paloma Duarte, com apenas 8 anos, atuou com o pai no teatro Nelson Rodrigues, em Guarulhos. E, em 1987, Luiz foi parceiro em quatro canções de O Anjo de Cada Um, o último disco de músicas inéditas que o cantor lançou.
Internações em clínicas de desintoxicação passaram a fazer parte da rotina de Antônio Marcos depois que ele resolveu, enfim, travar uma luta contra o álcool e as drogas. “Nesse período, percebi como a bebida transforma a gente. Você bebe, cheira tóxico e pensa que seu poder de criação está mais aguçado. Tudo palhaçada”, reconheceu em entrevista a revista Contigo.
Mas o declínio era evidente. Ele não conseguiu largar a bebida e acabou tendo que se mudar para Mairiporã, segundo Luiz, com dificuldades financeiras até mesmo para comer. Para socorrer o ex-marido, Vanusa, que já sido casada com o diretor Augusto César Vanucci — na época poderoso na TV Bandeirantes –, pediu ao ex-marido para promover um show na emissora para arrecadar dinheiro para Antônio Marcos. Mas com uma condição: que o cantor se internasse para ficar sóbrio. Três meses depois, em junho de 1987, ele saiu da clínica para o teatro Záccaro, onde aconteceria o especial. Mas, no caminho, deu um jeito de tomar um porre e chegou bêbado aos bastidores. Vanusa trancou o cantor no camarim até a hora dele entrar em cena. Antônio Marcos implorava por um copo e ela deu-lhe um dedo de uísque. O show acabou sendo um sucesso, mas o cantor não apareceu ao jantar com os convidados, que incluiu Alcione, Chitaõzinho e Xororó, Fagner, Ronnie Von, Sandra de Sá e Antônio Luiz.
No início dos anos 90, o cantor deixou Rose para se unir a Ana Paula Braga, enteada de Roberto Carlos. Em 1991, depois de uma série de internações por problemas no fígado, ele ainda fez uma temporada de shows na extinta casa noturna paulistana Inverno e Verão. Até que, na manhã do dia 5 de abril de 1992, foi a uma padaria em Alphaville, pediu uma dose de uísque e, ao sair, bateu sua caminhonete em um poste, machucando o tórax violentamente contra o guidão. Ana Paula o internou no hospital Oswaldo Cruz, e, por volta das 21h, Antônio Marcos faleceu. O cantor foi enterrado no cemitério Parque dos Girassóis com a presença de dezenas de fãs, que acenavam com lenços brancos.
Após a morte do cantor, um exame de DNA comprovou a paternidade de mais um menino, Manoel Marcos, que passou a ser o primogênito da prole. Assim, após a trajetória de um típico romântico, ele deixou cinco filhos, quatro ex-mulheres, 14 discos e centenas de músicas. Em São Miguel Paulista foi fundada a Casa de Cultura Antônio Marcos São Miguel e, em 2006, sua filha lançou o CD e DVD Aretha Marcos Ao Vivo – Homenagem aos 60 anos de Antônio Marcos. “Meu pai me ensinou que o importante na vida é ser feliz e falar sempre a verdade, mesmo que isso doa”, encerra Amanda, sua filha mais velha. Antônio Marcos também costumava dizer: “Nunca vou morrer. Vou ficar encantado.” Encantadas ficaram as milhares de fãs desse romântico incorrigível.
(Por Renato Fernandes, na revista J.P de agosto de 2011)

terça-feira, 23 de julho de 2013

Record é um lixo, diz telespectadora detona o Programa

“A record é um lixo”, diz telespectadora; ao vivo tem dessas coisas…

Quem está na chuva é pra se molhar, diz o ditado. Depois do mico de Maurício Mattar, o "Programa da Tarde", da Record, voltou a ser cenário de um oba-oba.

Durante o quadro "Patrulha do Consumidor", uma mulher chegou a dizer que o programa "é ridículo" e que a emissora "é um lixo". Ela seria de uma agência de modelos que teria cobrado antecipadamente de uma garota e não arrumado trabalho para ela.
Quando Celso Russomano tentou defender a emissora alegando "A Record defende o direito do consumidor com muito prazer", ouviu: "Muito prazer? Te conheço muito bem!". A moça, chamada Cláudia, logo depois desligou o telefone e não deu ouvidos aos apresentadores (Britto Jr., Ana Hickmann e Ticiane Pinheiro).
Tudo tem os dois lados. Em geral esse tipo de quadro tenta intimidar proprietários de estabelecimentos com a alegação de defender pessoas supostamente lesadas. Claro, o desejo por audiência está acima de qualquer consumidor. Por isso, a cansativa patrulha toma um bom tempo do programa. Arrastam o que se resolveria em minutos, ouvindo os dois lados, mas optam pelo constrangimento.
Nesta tarde, todos foram pegos de surpresa. Na tela lia-se: "Se você sonha em ser modelo preste atenção neste caso". Os apresentadores é que acabaram constrangidos e a platéia era instigada a aplaudir Russomano. Tarde, o estrago já estava feito. Ao vivo é isso aí!

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Kate princesa NASCE O BEBÊ REAL

NASCE O BEBÊ REAL (Reuters)
NASCE O BEBÊ REAL
Filho de William e Kate tem 3,8 quilos. Parto ocorreu em Londres; mãe e filho estão bem.

domingo, 21 de julho de 2013

Rei Davi em Israel descoberto palácio do

Pesquisadores dizem ter descoberto palácio do Rei Davi em Israel

Ruínas associadas a personagem bíblico têm cerca de 3 mil anos.
Depósito real para guardar impostos também foi identificado.


Vista aérea da cidade murada (Foto: Divulgação/Sky View/Autoridade de Antiguidades de Israel/Universidade Hebraica)Vista aérea da cidade murada (Foto: Divulgação/Sky View/Autoridade de Antiguidades de Israel/Universidade Hebraica)
Pesquisadores da Autoridade de Antiguidades de Israel e da Universidade Hebraica de Jerusalém descobriram o que seriam dois edifícios reais com cerca de 3 mil anos na antiga cidade fortificada de Khirbet Qeiyafa.
Um desses edifícios foi identificado pelos cientistas como um palácio do lendário Rei Davi, importante figura para o cristianismo, judaísmo e islamismo, famoso pelo episódio bíblico da luta com o gigante Golias, entre outros. A segunda construção, afirmam os cientistas, é uma espécie de depósito real.
Os trabalhos arqueológicos da equipe de Yossi Garfinkel e Saar Ganor revelaram parte de um palácio que teria mil metros quadrados, com vários cômodos ao seu redor onde foram encontrados recipientes de alabastro, potes e vestígios da prática de metalurgia.
O palácio é a construção mais alta da antiga localidade, permitindo o controle sobre todas as outras casas, bem como uma vista a grandes distâncias, chegando até o Mar Mediterrâneo.
De acordo com nota da Autoridade de Antiguidades, o local é ideal para mandar mensagens por meio de sinais de fumaça.
O palácio, no entanto, foi muito destruído cerca de 1.400 anos após seu surgimento, quando foi transformado em sede de uma fazenda, no período do Império Bizantino. O depósito identificado mais ao norte era um local para guardar impostos, na época coletados na forma de produtos agrícolas. Essa estrutura corrobora a ideia da existência de um reino estruturado, que cobrava tributos e tinha centros administrativos.
Imagem aérea do que seria o palácio de Davi e, posteriormente, a casa bizantina (Foto: Divulgação/Autoridade de Antiguidades de Israel/Clara Amit)Imagem aérea do que seria o palácio de Davi e, posteriormente, a casa bizantina (Foto: Divulgação/ Sky View / Autoridade de Antiguidades de Israel/ Universidade Hebraica)
Imagem aérea do que seria o palácio de Davi e, posteriormente, a casa bizantina (Foto: Divulgação/Sky View/Autoridade de Antiguidades de Israel/Universidade Hebraica)Objetos achados no sítio arqueológico (Foto: Divulgação/Autoridade de Antiguidades de Israel/Clara Amit)
 

terça-feira, 16 de julho de 2013

Igreja Universal avança E CONTRA ATACA sobre império de Valdemiro Santiago

Igreja Universal avança sobre império de Valdemiro Santiago

A palavra "ataque", nesse caso, faz muito jus à estratégia que a Universal de Edir Macedo escolheu para tentar destruir, ao menos reduzir de tamanho, aquela que é considerada a principal concorrente na busca por almas generosas, dispostas a ouvir os sermões, frequentar os templos e principalmente, ser generoso com o dízimo periódico e com as campanhas de arrecadação extra-dízimo, que boa parte das evangélicas, como Universal e Mundial, têm.

Duas semanas atrás o ataque começou. Valdemiro tinha a vantagem de opção da compra na rede paranaense CNT de televisão. Até o último segundo do negócio ele avisou que estava levantando fundos para a compra milionária, mas a Mundial falhou em levantar o dinheiro e em achar sócios.
Menos de 24 horas depois a Universal comprou 12 horas diárias de toda a rede CNT, na qual exibe sua ladainha religiosa.

O mesmo estaria ocorrendo na Band e no canal 21. Algumas prestações atrasadas caíram nos ouvidos da cúpula da Universal, que correu informar à Band que, se a Mundial "pisar na bola", a igreja de Macedo tem o maior interesse em preencher os horários.

A guerra está se dando nas rádios de todo o país também: emissários de Macedo têm percorrido o país todo atrás de rádios que estejam em crise devido à falta de pagamentos de Valdemiro. Nesses casos, as rádios têm direito de rescindir o contrato. E é isso que elas estão fazendo. A Universal substitui tudo, e paga melhor, para alegria de donos de pequenas rádios, que não hesitam em fazer a troca.

Por que a Mundial está atravessando uma crise de gestão? Bem, fontes ouvidas por esta coluna junto a dois de seus membros-funcionários, acreditam que a culpa é da pressa que Valdemiro teve e tem de expandir a igreja. É consenso que o carismático líder tem como meta uma expansão até ultrapassar a Universal em templos. O problema é que Valdemiro está fazendo isso de uma forma temerária e com pouco planejamento. Daí o fato de já ter vendido até propriedades e bovinos, no ano passado, para bancar centenas de dívidas que estavam vencendo ao mesmo momento.

O desejo de destruir o império de Santiago é tão grande que a Universal, se preciso, vai se desfazer de concessões de rádios que tem pelo Brasil adentro, quando estiverem em cidades que não têm presença forte da mundia

EIKE BATISTA "Hoje eu tenho até pena do Eike"

"Hoje eu tenho até pena do Eike"

Márcio de Melo Lobo, acionista minoritário da OGX diz que irá recorrer da decisão da Justiça pelo bloqueio de bens do empresário


Eike Batista (Foto: Frederic J. Brown/AFP )
Na última quarta-feira (10/07), o advogado Márcio de Melo Lobo, acionista minoritário da OGX, pediu o bloqueio de bens do empresário Eike Batista como garantia contra futuros danos que poderão ser causados pela petroleira do grupo EBX. O pedido foi negado pela Justiça, mas o advogado não desistiu. Em entrevista à NEGÓCIOS, ele afirmou que irá recorrer da decisão.
Ciente dos riscos que envolvem investimentos na bolsa de valores, Lobo acha muito difícil recuperar as perdas com as ações da OGX, que no seu caso já chegam a R$ 500 mil. Os papéis que ele chegou a comprar por R$ 19, na última sexta-feira fecharam a R$ 0,43. Apesar da perda, Melo é contra um socorro do BNDES ou de bancos credores ao conglomerado X. E diz: "Hoje eu tenho até pena do Eike".
EN - Qual a avaliação do senhor em relação à decisão da Justiça que negou o pedido de bloqueio de bens de Eike Batista e da OGX?
Márcio de Melo Lobo - A juíza entendeu que os elementos que foram informados não eram suficientes para o bloqueio de bens. Mas só o papel cair de R$ 20 para R$ 0,40 já é suficiente para uma ação judicial pedindo o bloqueio de bens, porque alguma coisa tá muito errada, não é?
Mas a juíza entendeu que não. Ela achou que bloquear os bens do Eike e da OGX ia acabar agravando ainda mais a situação da empresa. Se bloqueasse os bens dele, as ações iam cair ainda mais, podendo chegar a R$ 0,20 ou até menos.
Ela prefere esperar uma ação da CVM [Comissão de Valores Mobiliários]. O problema é que nesse caso, a pressa é fundamental. O doente está em estado grave e é preciso fazer alguma coisa antes que ele morra. Se formos esperar a CVM, esse paciente vai morrer.
Eu sou advogado, não sou do mercado financeiro, mas acredito que, na história, você pode contar nos dedos a empresas que viraram pó como a OGX está virando. Alguma coisa muito errada com certeza tem aí. E se não apareceu, ainda vai aparecer.
A gente vai recorrer, porque ainda confia que existem elementos, sim, para uma intervenção judicial, um bloqueio de bens

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Eike Batista no auge a decadência

Eike no auge

O “Super-Homem” Eike no auge, na praia do Flamengo, antes de a kriptonita chegar – Foto Folhapress
( Para seguir o blog no Twitter: @mariomagalhaes_ )
Eike Batista preferiria que não fosse assim, mas, para sua infelicidade, o grande Gatsby, protagonista do romance clássico de F. Scott Fitzgerald, enganava-se ao supor ser possível repetir o passado. Com a ruína do seu império, o brasileiro que sonhava ser o rico mais rico do mundo tornou-se personagem de “obituários” precoces. Ainda que venham a lhe sobrar alguns bilhões de patrimônio, ele não reviverá a quimera de deixar Gates e Buffet comendo poeira nos rankings da fortuna.
Na ascensão, Eike recorreu a cartomante, bruxa, feng shui e horóscopo, como se lê mais abaixo. Mais tarde, talvez os tenha esquecido. Certamente, os astros o abandonaram na queda. Um observador da natureza humana sintetiza o homem X: com alma de garimpeiro, ele apostou tudo no petróleo; em vez de bamburrar, afundou-se no óleo escasso de seus poços.
Houve mais erros relevantes, um deles subestimar o perigo de virar alvo político ao se estabelecer como símbolo de prosperidade nos anos Lula. Outro: considerar que a bênção dos governos petistas, empenhados em consolidar grandes conglomerados nacionais, iria lhe servir eternamente de escudo na disputa com concorrentes que tiveram pretensões contrariadas, como no setor dos portos.
Os anos passarão, e não vão faltar historiadores, sociólogos, economistas e cientistas políticos dispostos a decifrar os enigmas de Eike. No presente, constata-se que de alguma forma ele simbolizou uma política em que se fantasiava eliminar a luta de classes. Seria concebível fazer ao mesmo tempo os pobres menos pobres e os ricos mais ricos, descartando confrontos e amenizando tensões. Mais do que a debacle de Eike, o labirinto do governo Dilma Rousseff decorre dessa política lulista.
Em setembro e outubro de 2009, escalado pela “Folha de S. Paulo”, elaborei um perfil de Eike Batista. Ele ainda galgaria postos na corrida dos endinheirados, criaria novas “empresaX” e tomaria muito dinheiro do BNDES, mas culturalmente já vivia o seu ápice.
Uma curiosidade que não consta do perfil: eu soube do casamento de Eliezer Batista antes do seu próprio filho. À mesa do seu restaurante, Eike contou a novidade. Para seu espanto, eu lhe disse que havia tomado conhecimento dias antes dele. Ocultei a fonte, que agora posso revelar: o ex-governador Rafael de Almeida Magalhães, conselheiro da holding X, que fora testemunha do matrimônio do seu amigo Eliezer em cartório. Figura generosa e ótimo papo, Rafael morreria em 2011.
Outra confidência, ausente da reportagem de 2009: no Mr. Lam, Eike me apresentou à sua superadega fabricada pela Porsche com garrafas vintages das safras mais nobres do champagne francês Veuve Clicquot. Das poucas dezenas produzidas, ele arrematara uma unidade. Convidou-me a beber uma garrafa. Por escrúpulos, recusei, pois a camaradagem configuraria conflito de interesses jornalísticos. Nunca provarei uma viuvinha 1955…
O perfil de outubro de 2009 está reproduzido abaixo, sem mudanças em relação ao original, a não ser nos intertítulos. Aparecem como coadjuvantes personagens que viriam a se tornar importantes na história de Eike, como o banqueiro André Esteves. Ganham significado maior informações como a oposição de Eliezer à aventura no petróleo.
Logo no comecinho do texto, Eike, indiretamente, compara-se ao Super-Homem. A kriptonita estava para chegar.
* * *
Chamada para o perfil, na primeira página da “Folha” em 11 de outubro de 2009
O mineiro Eike Fuhrken Batista, 52, há tempos não se lembra dos seus sonhos. No último que a memória guardou, ele voava. “Sozinho?”, pergunta o interlocutor. “Sozinho! O Super-Homem não voa?” Ele não esqueceu os sonhos que o embalavam aos 16 anos.
Na escola da Alemanha, onde morava com a família, descobria nos livros a saga de Francisco Pizarro, o espanhol que saqueou o ouro dos incas na América do Sul do século 16. “Aquilo me fascinava, a história de salas cheias de barras de ouro”, conta. “Eu me transferia para o ambiente e parecia que segurava aquele negócio.”
Quando uma cartomante carioca sugeriu-lhe no crepúsculo do século 20 que acorresse a Cusco, a capital do Império Inca, Eike (pronuncia-se “Aique”) voou até o Peru. Em obediência às instruções, deitou-se de barriga para cima em um campo de futebol e mirou o céu por cinco minutos.
“Ela disse que iria reordenar o cosmos, a linha da vida seria reajustada.”
Funcionou?
“Acho que sim, está tudo bem.”
Ainda em Cusco, um guia apresentou-o a uma índia bruxa. Ela pediu que Eike comprasse um saquinho de folhas de coca. A feiticeira soprou-as e pontificou sobre o pai do visitante, saúde e outros assuntos. “Foi interessante”, recorda Eike, no restaurante chinês Mr. Lam, estabelecimento no Jardim Botânico, zona sul do Rio, que ele fundou e no qual investiu R$ 8 milhões.
Abaixo da edificação, mandou cravar uma barra de cobre. A providência destina-se a espantar más energias, aplicando o feng shui. O conhecimento chinês ensina que a disposição de objetos influi no cotidiano das pessoas. No seu escritório, em frente à praia do Flamengo, ele se senta voltado para a porta. “Você apara as energias [ruins] de quem vem de fora.”
Desses desencontros, não guarda rancor de ninguém, assegura. A astrologia contribui para entendê-lo, indica Eike, nascido em 3 de novembro: “Escorpião é muito amigo, leal com quem é leal com ele”.
“O lado vingativo, típico do escorpião, consegui dominar com a idade. Depois dos 30, quem rege mais você é o signo ascendente.” O dele é capricórnio. Porém, permaneceram, afirma, dons escorpianos de “tenacidade e perseverança”.
Ele lapida a sorte com o número 63, rebento do acaso. Em uma competição de lanchas, buscou o 3 e o 33, já ocupados. Sobrou o 63, com o qual definiria até os centavos nos lances de sua empresa OGX em leilões de blocos para exploração de petróleo. Consagrou-se campeão mundial em categoria da motonáutica. Alcançou no mar a velocidade de 270 km/h.
Número 1
Nesse ritmo, tornou-se o brasileiro mais rico e o número 61 do planeta, conforme ranking da revista “Forbes” divulgado em março. Seu patrimônio atingia US$ 7,5 bilhões.
É tanto dinheiro que, se ele se sentasse na gangorra diante do capo das comunicações italiano, Silvio Berlusconi, cada um pesando quanto vale, a balança penderia para Eike _o primeiro-ministro e sua família detinham US$ 6,5 bilhões.
Os cifrões de Eike dariam para bancar sozinho o Bolsa Família neste ano. Dos 60 mais abastados que ele, só 11 são mais jovens. Bill Gates, 53, lidera a corrida, com US$ 40 bi.
A contabilidade da “Forbes” se fundamentou em empresas de capital aberto. Na Bovespa, Eike controla quatro delas, sob as asas da holding EBX _como todas suas companhias, o nome se encerra com um xis, emblema destinado a augurar a multiplicação de riqueza.
O logotipo é um sol, símbolo inca. A mesma imagem, moldada em ouro, Eike ostentava no pescoço no primeiro dos dois encontros com a “Folha”, em entrevista de 4 horas e 20 minutos no seu restaurante.
Lá, ele contou a história do primeiro milhão de dólares, amealhado com compra e venda de ouro do Pará; do primeiro bilhão, após oito minas de ouro no Brasil e no exterior.
Projetou: com suas ações fortalecidas e somando bens ausentes da Bolsa, a fortuna já ultrapassa os US$ 20 bilhões, rumo a coroá-lo o capitalista mais fornido do mundo _a considerar o valor de anteontem do seu quinhão nas companhias de capital aberto (de 54% a 76% de cada uma), Eike detém o equivalente a US$ 24 bilhões em ações na Bovespa.
Na conversa, ele indagou ao repórter: “O que te surpreendeu nesta entrevista? Você me conhecia lendo coisas. O que não bate ou bate?”.
Insistiu: “Deixa eu entrevistar você: o que as pessoas falam de mim por aí? O que eu sou?”
Nos quatro dias seguintes, adquiriu a concessão da Marina da Glória, cartão-postal da cidade; a candidatura do Rio à Olimpíada de 2016 triunfou, após campanha cujo principal patrocinador individual foi Eike, com R$ 23 milhões; e sua companhia mais promissora descobriu indícios de petróleo na bacia de Santos.
Só nessa operação, em sete horas de pregão da Bovespa, o controlador da OGX enriqueceu _em papéis_ cerca de US$ 1,5 bilhão, soma superior às vendas da Renner ou da Goodyear no Brasil em 2008.
Em nome do pai
Eliezer Batista da Silva presidiu a Companhia Vale do Rio Doce no governo Jânio Quadros, de 1961; foi ministro de Minas e Energia em 1962 e 63, na administração João Goulart; no golpe de Estado de 64, afastaram-no do comando da Vale; retomou a chefia da mineradora a partir de 79, no mandato do general João Baptista Figueiredo; em 92, Fernando Collor nomeou-o para a Secretaria de Assuntos Estratégicos.
Aos 85 anos, permanece um azougue intelectual à altura da legenda de estrategista da logística e do desenvolvimento.
Eliezer foi um pai ausente. Inquirido sobre a asma de Eike, o segundo dos sete filhos que teve com a alemã Jutta, minimiza: “Não era muito forte”.
“Eu sofria de asma, de cair da cama e não respirar”, contradiz Eike, ignorando o relato paterno. Ele se curou da doença graças a quem mais o influenciou, a mãe. Na Europa, Jutta obrigava-o a nadar mesmo em dias gélidos.
“Quando eles eram menores, eu vivia viajando, não tinha quase contato”, lamenta Eliezer (a sílaba tônica é a última). Só para o Japão, deslocou-se em 178 missões pela Vale.
“Eike herdou da mãe toda a disciplina germânica, a persistência”, diagnostica Eliezer. “Ela pegava uma criança de três anos, botava para esquiar, jogava colina abaixo. Que mãe brasileira faz uma coisa daquela? Mas se cria gente dura. Modifica o caráter da pessoa.” “Minha mulher foi criada na Juventude Nazista”, confidencia o viúvo de Jutta, morta em 2000.
No Rio, aonde chegou depois de nascer em Governador Valadares (MG) e morar por pouco tempo em Vitória (ES), Eike estudou em colégio germânico. Na mudança para a Europa aos 12 anos, o alemão predominou como idioma doméstico, inclusive de Eliezer.
Quando os pais retornaram para o Brasil, o graduando de engenharia Eike prosseguiu entre a cidade alemã Aachen e a capital belga, Bruxelas.
Com mesada curta _ele se define como classe média alta na juventude_, oferecia seguros residenciais de porta em porta. Desenvolveu um talento de vendedor, o de ouvir: além de alardear as virtudes dos seus produtos, assentia que senhoras segredassem alegrias e tristezas. Bombou.
Em 1979, de volta ao Brasil, embrenhou-se na Amazônia em compra e venda de ouro. Montou mina no meio da selva. Diz que recebeu um tiro pelas costas dado por um garimpeiro de quem cobrava dívida. Socorreram-no em um hospital, e a herança foi uma cicatriz pequena. Tornou-se executivo e mais tarde controlador da mineradora canadense TVX Gold.
Foram duas décadas no ouro, concentrado no exterior. Eike recapitula que, ao sair do Canadá em 2000, seu primeiro US$ 1 bilhão tilintou. Ele se despediu do ouro e redescobriu o Brasil.
Aqui, disseminou-se no mercado um rumor que a “Folha” ouviu de concorrentes de Eike abrigados no anonimato: na década de 1980 e na expansão do grupo X, o pai o teria favorecido. Antes, com informações sigilosas sobre o mapa mineral. Hoje, como integrante dos conselhos das empresas.
Inexiste comprovação da primeira suspeita. Em relação à influência atual de Eliezer, quanto mais se aproxima do coração do negócio, evidencia-se que Eike dá as cartas.
Executivos revelam que, na origem, Eliezer opôs-se à formação da petrolífera OGX e da recém-lançada OSX, que terá estaleiro em Santa Catarina.
Eike se julga injustiçado: “Esse negócio que falam que meu pai me mostrou o mapa da mina. Que o meu pai é aquela pessoa brilhante, um oráculo do saber, e eu sou… É difícil”.
Nada que o impeça de pensar que Eliezer “fez coisas extraordinárias pelo Brasil” e de elegê-lo como ídolo.
O pai, homem de Estado, diz que o filho é vocacionado para a empresa e sempre quis superá-lo. E se sente feliz em saber que Eike conseguiu.
Vale, um sonho
Na privatização da Vale, em 1997, Eike ambicionou um naco. O pai demoveu-o, registra o filho, alegando que pegaria mal por ser parente de quem é.
Agora, o acionista majoritário da mineradora MMX sonha controlar a Vale, a gigante de mais de R$ 200 bilhões.
Um conselheiro de Eike sustenta que o projeto empresarial é deter o timão da Vale. Participação partilhada não faria sentido, pois não promoveria a sinergia com seus negócios de mineração, logística (portos), energia e petróleo.
Medindo as palavras, Eike concede: “Se Steve Jobs falecer, eu vendo as minhas ações da Apple. Há empresas, negócios em que são poucos os criadores da riqueza”.
Traduzindo: uma fatia da Vale, mesmo que menos de 10%, só faria sentido se ele pudesse fermentar o bolo inteiro.
Enfim, explicita: “Só interessa se for em posição de poder direcionar a criação de riqueza. Você tem que poder decidir como será tocada a companhia”.
Frustrou-se a primeira ofensiva, que a “Folha” revelou, pela parte do Bradesco. E aumentou o atrito com o presidente da Vale, Roger Agnelli, indicado pelo banco.
Ao evocar sua incursão pelo ouro no Amapá nos anos 1980, Eike disse que o Bradesco financiou parte da operação. “O curioso é que o banqueiro que ajudou a gente a abrir o capital… adivinha quem era?”. Seria, na verdade, executivo: Agnelli. Rindo animadamente, Eike concluiu, em inglês: “Jesus Christ!”. Vale e Agnelli não quiseram comentar.
André Esteves
Na EBX, desconfiou-se de que o informante sobre as tratativas com o Bradesco a respeito da Vale tenha sido o banqueiro André Esteves. Eike mostrou ao repórter um torpedo que acabara de receber do dono do BTG Pactual.
O banqueiro escreveu: há “inveja dos outros”; “missões impossíveis são certos companheiros de viagem”; “o convívio com pessoas como você alimentam minha vontade de fazer”; “te admiro muito, cara”.
Procurado, Esteves não se pronunciou acerca da mensagem. “Brigar para quê?”, pondera Eike. “André é um cara com cabeça diferenciada, fora da curva. Talvez tenha que medir a ambição um pouquinho.”
Outra hipótese de ingresso na Vale é assumir a participação de fundos de pensão de estatais. Irritado com demissões na mineradora, o presidente Lula dera sinal verde a Eike para abordar o Bradesco. Foi no governo petista, notadamente de 2006 a 2008, quando se lançou na Bolsa, que Eike prolificou seus reais.
Em 2006, doou como pessoa física R$ 4,38 milhões para candidatos apoiadores do governo, incluindo R$ 1 milhão para o próprio Lula e a mesma quantia para Roseana Sarney. O PSDB levou R$ 1 milhão.
Eike jura que sufragou Lula em 2002 e 2006. “Votei numa posição de achar que a gente tinha que exorcizar a esquerda. Estava na hora de chamar a esquerda e ver no que dava”, conta.
No choque com o governo Evo Morales, que em 2006 barrou a construção de uma siderúrgica na Bolívia, Eike contratou _ele diz_ como consultor o ex-ministro José Dirceu. Em Nova York, no mês passado, descobriu nova semelhança com Lula, além do que considera ser uma identidade marcante sua, o nacionalismo: ambos são de escorpião.
Investiu R$ 1 milhão como pessoa física, sem recurso a renúncia fiscal, no filme “Lula, o Filho do Brasil”.
Hábil como o pai, que conviveu com governantes diversos, elogia Dilma Rousseff, José Serra e Aécio Neves.
Aplaude a política do Planalto para o pré-sal. Ressalta que quase todos os seus investimentos se restringem ao país _no entanto vendeu a maior parte da mineradora MMX em 2008 para a Anglo American. Marqueteia: “Com a autopista que o Fernando Henrique e o Lula deixaram para a gente correr, deixa meu Porsche andar. Faremos bonito”.
Estacionado na sala de casa, ele tem uma McLaren esportiva, motor Mercedes que acelera a 334 km/h e com a qual passeia à noite. Mora no Jardim Botânico, na mesma rua da ex-mulher, Luma de Oliveira, e dos filhos adolescentes deles, Thor e Olin. Dedica aos dois atenção e carinho intensos.
‘Marido da Luma’
Conhecido por décadas como “o filho de Eliezer Batista”, virou “o marido da Luma” ao se casar com a modelo em 1991.
Unido na Igreja à socialite Patrícia Leal, abandonou-a dias antes da festa de casamento para ficar com Luma, que conhecera havia pouco. O Vaticano anulou o matrimônio.
Na Sapucaí, Luma desfilou de coleira com o nome de Eike. Para evitar que ela voltasse a posar nua, o marido dispôs-se a cobrir o cachê da “Playboy”.
Diante da negativa, passou a abastecê-la com chocolates, a fim de engordá-la, diminuir a autoestima e mudar a decisão. Novas fotos só foram feitas após a separação.
Ao se divorciar, em 2004, transformou-se na persona Eike Batista, o magnata. “Isso foi consciente. Percebi que, com os meus filhos, eu tinha que ter uma identidade. Que negócio é esse? O Thor dizer que o pai é o ex-marido da Luma de Oliveira? Aí tocou a vaidade.”
Eike se dá bem com a ex e namora a advogada Flávia Sampaio, 23 anos mais jovem. Gostaria de ser pai novamente. Faz tratamento a laser contra manchas no rosto, submeteu-se a plástica para retirar gordura sob os olhos e se prepara para o quarto implante capilar.
Em 2007, Eliezer Batista disse à “Folha” que a união de seu filho com Luma fora um erro. Em voto de confiança no amor, o pai de Eike voltou a se casar discretamente semanas atrás, em cartório do Rio.
O filho só tomou conhecimento dias depois. Recebeu a novidade com bom humor.
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Com a OGX, de petróleo, a aposta de ser o mais rico do mundo – Foto Luiz Carlos Murauskas/Folhapress
Grupo prevê ‘Cidade X’
O grupo EBX prevê nova concentração urbana, com 300 mil pessoas, a “Cidade X”, em torno do porto do Açu. A LLX constrói a obra em São João da Barra (RJ). O aporte, somado ao em outro porto no RJ, é de US$ 2,34 bi. Projeta-se um polo industrial no lugar, e Eike pode estrear no setor imobiliário.
* * *
R$ 9 milhões para filmes
Eike Batista não vai ao cinema há mais de um ano. Mas isso não o impediu de investir R$ 9 milhões nas biografias do pai, Eliezer, de Lula, de Tancredo e do futebolista Heleno de Freitas. E em produções de Cacá Diegues (“Cinco Vezes Favela”) e Arnaldo Jabor (“A Suprema Felicidade”).
* * *
Acertos bilionários ocultam um vasto número de fracassos
Assim como é ilusória qualquer veleidade mística do escritor Paulo Coelho no uso de roupas pretas _viajante frequente, ele evita que a sujeira apareça_, as camisetas da mesma cor habituais em Eike Batista têm propósito pragmático: o médico indicou-as para, sob a camisa, protegê-lo de gripes.
Ele cumpriu a ordem, e a saúde melhorou. Essa disciplina, disseminada na atividade empresarial, contrasta com a imagem de aventureiro que céticos no seu futuro lhe atribuem. Um deles, sob a condição de se manter anônimo, provoca: você entregaria o seu FGTS para um negócio do Eike?
A sucessão de acertos que alçou o bilionário ao topo dos ricos brasileiros ofusca vasto inventário de fracassos: empresas de jipes, cosméticos, correio e outras.
Deu-se bem no atacado, as grandes apostas, e mal no varejo. A depender do ângulo, a fotografia do grupo X sai em branco ou preto. Levantamento da Economática mostra que em geral as ações de suas empresas se valorizaram, desde o lançamento, mais que o Ibovespa.
Na contramão, a consultoria identificou três empresas de Eike entre as dez com maior Ebitda negativo entre 254 da Bolsa. O palavrão Ebitda é a sigla inglesa para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação.
O resultado decorre do fato de que a receita das empresas é pequena ou nula. A OGX valia R$ 49,8 bilhões no dia 2, mas ainda não produziu uma gota de óleo. As ações se tonificam porque há expectativa de que se encontre petróleo _na bacia de Campos, confirmou-se.
A despeito do glamour da fortuna, trata-se de investimento de risco agudo. Em novembro, a OGX valia apenas o que tinha em caixa. O passe de Eike não representava um centavo. Cada ação chegou a custar R$ 254, mas a empresa manteve os investimentos. Anteontem, fechou a R$ 1.690.
Eis o modelo de negócios: começar do zero, a partir de uma ideia; investir do próprio bolso na largada, recrutando especialistas de empresas vitoriosas; captar dinheiro no mercado, especialmente na Bolsa; desenvolver o projeto até a produção ou vendê-lo antes.
É comum ouvir de concorrentes nos segmentos de mineração, petróleo e gás _seus antagonistas_ que ele vende vento ou sonhos.
No ano passado, contudo, a mineradora Anglo American topou pagar US$ 5,5 bilhões pela fração majoritária da MMX, bom negócio para os acionistas, entre os quais Eike é o maior.
Seus negócios se concentram em recursos minerais e infraestrutura. A riqueza se multiplicou em um cenário favorável: alta liquidez mundial (dinheiro sobrando); disparada das cotações dos metais; e mercado de capitais mais forte.
Em caixa, o grupo informa ter US$ 9 bilhões. De 2009 a 2012, o investimento previsto é de US$ 10,2 bilhões.
Para a OGX, Eike buscou um ex-presidente da Petrobras, Francisco Gros, hoje afastado por doença. Da estatal, levou 60 técnicos e executivos.
Os bônus por desempenho, pagos em ações do próprio Eike, bateram, para uma pessoa, em mais de US$ 80 milhões na venda de parte da MMX.
Alguns executivos, cansados, têm deixado o grupo. De acordo com Eike, seus resultados corresponderam ao bônus de US$ 40 milhões nos últimos anos _para cada um. “Já engordei muito gato, muito Garfield.”
São proverbiais suas exigências. Ele preconiza um “corridor management”, a gestão com cobranças até no corredor. Telefona de madrugada. “A fila aqui anda de Porsche.”
Antecipa que investirá em tecnologia da informação. Critica o que julga aversão do empresário brasileiro a risco e o encanto por negócios com garantia do Estado.
Para o Ministério Público Federal, Eike Batista está longe de encarnar um empresário exemplar. Há acusações de crime ambiental e corrupção.
No Rio, a Procuradoria da República move processo devido ao que seria devastação da natureza nas obras do porto do Açu, no norte fluminense.
No ano passado, a Polícia Federal fez operação de busca e apreensão na casa do empresário. Motivo: no Amapá, ele foi apontado pela PF como “mentor intelectual” de fraude na licitação de ferrovia de complexo minerador.
Em Mato Grosso do Sul, o Ibama aplicou multa de R$ 29,4 milhões por alegado emprego, em siderúrgica, de carvão vegetal fruto de desmatamento irregular. Logo, Eike doou R$ 11,4 milhões para preservação do Pantanal, Lençóis Maranhenses e Fernando de Noronha.
Ele nega as acusações, que aguardam decisão judicial definitiva. Diplomático, enaltece o papel do Ministério Público.
No Rio, onde depende de licenças do Estado para tocar dois portos em construção, destina R$ 28 milhões para a despoluição da lagoa Rodrigo de Freitas, em torno da qual costuma correr acompanhado por seguranças.
Emprestou avião para o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes viajarem a Copenhague para a escolha de 2016. A concessão da Marina da Glória, aquisição de Eike, é emitida pela Prefeitura do Rio.
Negócios seus como o navio de passeio Pink Fleet estão longe de se pagar. “Adoro o conceito americano de você ter que devolver para a sociedade.”
Quando cria um projeto, diz que é um “MPI – Mata Paulista de Inveja”. Exemplifica com o Mr. Lam. “Como a cultura dos paulistas é sempre fazer as coisas muito benfeitas, eu quis começar a fazer coisas no Rio com o padrão paulista.”

terça-feira, 9 de julho de 2013

Eike Batista é processado pelos milionários

Milionários estudam pedir bloqueio de bens de Eike Batista

Acionistas minoritários das empresas do grupo EBX, de Eike Batista, estão se organizando para defender seus interesses após os sucessivos tombos das ações das empresas 'X' na Bovespa e da desvalorização dos papéis das companhias.
Em comunicado divulgado nesta segunda-feira (8), a União dos Acionistas Minoritários do Grupo EBX (Unax) afirma estudar, inclusive, o bloqueio de bens do bilionário.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Eike Batista perde 96% de sua fortuna em pouco menos de um semana

Eike Batista perde 96% de sua fortuna em pouco mais de um ano

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Crise de Eike Batista vira piada nas redes sociais

Em meio a uma crise de confiança no mercado e à queda das ações de suas empresas na Bolsa, Eike Batista virou motivo de piada nas redes sociais. A crise financeiro do bilionário inspirou internautas, que criaram a hashtag #EikeGenteComoAGente Reprodução/Twitter
De um pico de US$ 34,3 bilhões em março do ano passado para um patrimônio de US$ 2,9 bilhões, o empresário brasileiro Eike Batista perdeu 91,6% de sua fortuna, segundo números da agência de notícias "Bloomberg" divulgados nesta quinta (4).
O bilionário brasileiro perdeu mais de um quarto de sua fortuna após oferecer garantias pessoais de R$ 2,3 bilhões para assegurar empréstimos às suas empresas que totalizam R$ 10,4 bilhões, e estão sendo tomados com o BNDES desde 2007

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Eike Batista, deve mais do que vale e quebra total

Grupo X, de Eike Batista, deve mais do que vale

: Empresas do empresário brasileiro já acumulam débitos de R$ 18,8 bilhões, valor superior ao patrimônio, que hoje é de R$ 18 bilhões; companhias perderam R$ 86 bilhões em valor de mercado desde outubro de 2010; após ter diminuído sua participação na OGX, Eike saiu da lista dos 200 homens mais ricos do mundo da agência Bloomberg; nesta sexta, as ações da OGX caíram 7,61% na Bovespa, a R$ 0,97, primeira vez abaixo de R$ 1; Fitch rebaixou rating da empresa para CCC; ou seja, tecnicamente quebrada

Eike Batista puxam queda da Bovespa; OGX desaba quase 60%

Ações de Eike Batista puxam queda da Bovespa; OGX desaba quase 60%

Bovespa fechou em queda nesta segunda-feira (1º). O Ibovespa (principal índice da Bolsa) perdeu 0,48%, aos 47.229,59 pontos.

A principal influência de queda foram as ações da petrolífera OGX (OGXP3), de Eike Batista, que desabaram 29,11%, para R$ 0,26.
A empresa anunciou que pode suspender a produção no campo de Tubarão Azul a partir do ano que vem

domingo, 30 de junho de 2013

Empresas de Eike quebram as bolsas de valores e têm dívidas com 11 bancos de R$ 7,9 bi

Empresas de Eike têm dívidas com 11 bancos de R$ 7,9 bi


Os representantes de Eike Batista estão correndo os bancos na tentativa de renegociar as dívidas de curto prazo do "império X", que chegam a R$ 7,9 bilhões, conforme levantamento feito pela Folha nos balanços das empresas do primeiro trimestre.
Isso significa que OGX (petróleo), MMX (minério), LLX (logística), OSX (estaleiro), MPX (energia) e CCX (carvão) precisam pagar ou renegociar todo esse volume de dinheiro até março de 2014. Pelo menos R$ 1,5 bilhão tinha que ter sido equacionado até a sexta-feira passada.


A LLX renovou com o Bradesco um empréstimo de quase R$ 590 milhões que venceu em abril. A empresa diz que está em "negociações avançadas" com Bradesco
e BNDES para estender o prazo de pagamento de quase
R$ 900 milhões.
As demais companhias não disseram em que ponto está a renegociação das dívidas. Em comunicado ao mercado, o grupo EBX informou que só tem dívidas de longo prazo, mas estava se referindo apenas à holding. O nó está nas empresas, enquanto a holding tem pouca dívida.
Os números ajudam a entender a aflição dos investidores com as companhias de Eike, que sofrem uma crise de confiança e vêm sendo castigadas na Bolsa. Nos últimos 12 meses, as ações das empresas caíram entre 24,6% (MPX) e 85% (OSX).
Se for excluída a MPX, que depois da venda de uma fatia para a alemã E.ON deixou de ter sua dívida consolidada no grupo EBX, o endividamento de curto prazo das empresas cai para R$ 5,6 bilhões.
CREDORES
Para os analistas, a tendência é os bancos não serem tão duros nas negociações, porque têm muito a perder. Os principais credores são Itaú BBA, Bradesco e BNDES, que emprestaram pelo menos R$ 1 bilhão cada um para pagamento no curto prazo.

Editoria de Arte/Folhapress
Em seguida, vem a Caixa, com R$ 750 milhões. As empresas de Eike têm dívidas de curto prazo com 11 bancos diferentes. A distribuição por banco não inclui as dívidas da MMX, única companhia aberta do grupo que não divulga essa informação.
O endividamento de curto prazo das empresas do "império X" representa 33% das dívidas totais do grupo, que chegam a R$ 23,7 bilhões. Cerca de R$ 9 bilhões dos empréstimos de longo prazo foram feitos pelo BNDES.
Para Sérgio Lazzarini, professor do Insper, o problema de Eike não é o tamanho da dívida, mas a incapacidade das empresas de gerar caixa.
"São projetos de infraestrutura de longa maturação, que exigem altos investimentos e não estão produzindo o que se imaginava", disse.
A crise de confiança do grupo começou há um ano, quando um campo de petróleo da OGX frustrou significativamente as expectativas de produção. A partir daí, os investidores começaram a questionar a capacidade do empresário de "entregar"

domingo, 23 de junho de 2013

Saramandaia com cara nova, novos personagens

Saramandaia  com o da nova

João Gibão (Juca de Oliveira / Sérgio Guizé)
A Globo estreia nesta segunda-feira (24) a nova novela das onze, “Saramandaia”, adaptação de Ricardo Linhares da novela clássica de Dias Gomes, exibida há 37 anos. Para esta nova versão, Linhares fez algumas mudanças, criou personagens novos e novas histórias.
Veja abaixo quem é quem na nova novela e seu intérprete correspondente na “Saramandaia” antiga.
JOÃO GIBÃO – Juca de Oliveira / Sérgio Guizé
Possui asas, que esconde de todos por baixo de seu gibão (uma espécie de colete, de couro) – daí o apelido -, o que o faz parecer que tem uma corcunda.
LUA VIANA – Antônio Fagundes / Fernando Belo
Irmão de João Gibão, prefeito da cidade de Bole-Bole. Apoia a mudança do nome da cidade para Saramandaia.
Lua Viana / Dona Leocádia
DONA LEOCÁDIA – Lídia Costa / Renata Sorrah
Mãe de João Gibão e Lua Viana. A única que sabe que João nasceu com asas e o ajuda a manter este segredo.
MARCINA – Sônia Braga / Chandelly Braz
Namorada de João Gibão, apaixonada por ele. Quando excitada, seu corpo pega fogo, literalmente.
Marcina / Seu Cazuza
SEU CAZUZA – Rafael de Carvalho / Marcos Palmeira
Pai de Marcina, dono da farmácia de Bole-Bole. Quando exaltado, seu coração ameaça saltar pela boca. Tradicionalista convicto, não quer que a cidade mude seu nome. Não aprova o namoro da filha com João Gibão, já que ele é um “mudancista”.
DONA MARIA APARADEIRA – Eloísa Mafalda / Ana Beatriz Nogueira
Mulher de Cazuza, mãe de Marcina. Beata, é a parteira da cidade, por isso o apelido Aparadeira.
Maria Aparadeira / Zélia
ZÉLIA TAVARES em 1976, ZÉLIA VILAR atualmente – Yoná Magalhães / Leandra Leal
Moça de personalidade forte. “Mudancista” convicta, luta com Lua Viana, seu noivo, pela mudança do nome da cidade para Saramandaia.
Núcleo de Zélia Vilar:
Ricardo Linhares suprimiu a família Tavares de 1976, da qual Zélia fazia parte, e criou um novo núcleo familiar para a personagem, os Vilar, com novos entrechos.
o avô TIBÉRIO – Tarcísio Meira, criou raízes dentro de casa, pois há anos não sai na rua.
a mãe VITÓRIA – Lília Cabral, derrete quando se sente apaixonada.
os irmãos PEDRO (André Bankoff) e THIAGO (Pedro Tergolino), personagens correspondentes, em 1976, a NATO (Jorge Gomes) e DIRCEU (Pedro Paulo Rangel), respectivamente.
Zico Rosado / Dona Candinha
ZICO ROSADO – Castro Gonzaga / José Mayer
Político tradicionalista de Bole-Bole, é contra a mudança do nome da cidade. Solta formigas pelo nariz. Linhares criou um novo entrecho para o personagem: foi uma antiga paixão de Vitória Vilar, apesar da rivalidade entre as famílias dos dois. Com o retorno de Vitória à cidade, essa paixão reascende.
DONA CANDINHA – Maria do Carmo Veloso / Fernanda Montenegro
Mãe de Zico. Velha esclerosada, vive a enxotar galinhas imaginárias dentro de casa.
Santinha-Helena / Dalva-Laura
Linhares mudou os nomes das personagens do núcleo familiar de Zico Rosado. SANTINHA, a mulher dele em 1976 (Ana Ariel), agora se chama HELENA (Ângela Figueiredo). A filha DALVA (Ana Maria Magalhães) agora é LAURA (Lívia de Bueno). E a neta DULCE (Tereza Cristina Arnaud) agora é STELA (Laura Neiva).
CARLITO PRATA – Milton Moraes / Marcos Pasquim
Inescrupuloso e mau caráter, braço direito de Zico Rosado, que desconhece suas verdadeiras intenções. No passado, virou a cabeça de Dalva/Laura (filha de Zico), o que a fez ir embora de Bole-Bole. Com o retorno dela à cidade, Carlito vai tentar uma nova aproximação.
Carlito Prata / Dr. Rochinha
DR. ROCHINHA – José Augusto Branco / André Frateschi
Médico, tornou-se alcoólatra após ter sido abandonado no altar pela noiva, Dalva/Laura. Atende na farmácia de Seu Cazuza.
PROFESSOR ARISTÓBULO CAMARGO – Ary Fontoura / Gabriel Braga Nunes
O homem mais culto de Bole-Bole. Sofre de insônia crônica, não dorme há anos, o que o faz perambular pela cidade à noite, alimentando assim na população a crença de que ele seja um lobisomem.
Professor Aristóbulo / Dona Pupu
DONA PUPU – Elza Gomes / Aracy Balabanian
Mãe de Aristóbulo, guarda em casa a cabeça mumificada do marido morto, BELISÁRIO (Luiz Henrique Nogueira) – o personagem não aparecia em 1976, era apenas citado.
Risoleta / Dora
RISOLETA – Dina Sfat / Débora Bloch
Dona de uma pensão – que também é um bar – considerada “pouco familiar” pelas carolas de Bole-Bole. Tem uma paixão mórbida pelo Professor Aristóbulo e sonha em vê-lo se transformando em lobisomem. Em sua pensão trabalham DORA (Natália do Valle / Carolina Bezerra) e ROSALICE (Maria Rita / Camila Lucciola), servindo as mesas e os homens de Bole-Bole.
SEU ENCOLHEU – Wellington Botelho / Matheus Nachtergaele
Secretário de gabinete do prefeito. Consegue fazer a previsão do tempo de acordo com a dor que sente nos ossos.
Seu Encolheu / Dona Redonda
DONA REDONDA – Wilza Carla / Vera Holtz
Mulher de Seu Encolheu. De apetite descomunal, engorda sem parar.
BIA – Marília Barbosa / Thaís Melchior
Filha de Seu Encolheu e Dona Redonda. Apesar dos pais tradicionalistas, luta pela mudança do nome da cidade. Namora Nato/Pedro e os pais são contra o namoro por conta de suas ideias divergentes.
Bia / Delegado Petronílio
DELEGADO PETRONÍLIO – Carlos Gregório / Theodoro Cochrane
Honesto e incorruptível, é um homem de princípios morais rígidos e sua religião não permite que beba, fume ou ame. Fez voto de castidade e vive se confessando.
DONA FIFI – Vanda Costa / Georgiana Góes
Beata fofoqueira. Amiga de Maria Aparadeira e Dona Redonda, juntas elas zelam pela moral e bons costumes de Bole-Bole e lutam pela permanência do nome da cidade.
MAESTRO CURSINO – Brandão Filho / André Abujamra
Marido de Fifi. Tradicionalista roxo, rege a filarmônica da cidade e é sócio em uma barbearia.
Maestro Cursino / Padre Romeu-Padre Neves
MAESTRO TOTÓ – Lajar Muzuris / Zéu Britto
Mudancista, é rival do Maestro Cursino na música e nos ideais políticos, apesar de ser sócio dele em uma barbearia.
PADRE ROMEU – Francisco Dantas / PADRE NEVES – Maurício Tizumba
Pároco de Bole-Bole.
DAS DORES – Chica Xavier / Dja Martins
Antiga empregada na casa dos Rosado.
FIRMINO – Alcírio Cunha / Val Perré
Capataz e pau mandado de Zico Rosad

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Ações da CCX caem quase 40% após Eike Batista quebrar

Ações da CCX caem quase 40% após Eike desistir de fechar capital

Piora das condições do mercado levou empresário a desistir da OPA.
Outras empresas do grupo também apresentam queda nesta quinta.



As ações da CCX, empresa de Eike Batista que atua no segmento de carvão, enfrentam forte queda na BM&FBovespa após terem permanecido em leilão por 30 minutos nesta quinta-feira (20). Os papéis recuavam 35,94%, a R$ 0,82, por volta de 14h10.

Outras empresas do grupo também apresentam queda: OSX perde 10,27%, a R$ 1,66; MMX cai 6,40%, a R$ 1,17; LLX tem desvalorização de 7,77%, a R$ 0,95; e MPX não oscila, a R$ 8,50. A OGX, depois de recuar, passou a apresentar alta de 2,56%, cotada a R$ 0,80.
Na noite de quarta-feira, o controlador Eike Batista anunciou a desistência da oferta pública de aquisição de ações (OPA) para fechar o capital da CCX. O empresário atribui a desistência à "deterioração das condições do mercado acionário brasileiro", que teria afetado tanto a empresa de carvão quanto as demais do grupo EBX que seriam usadas como moeda de troca para tirar a companhia da bolsa.

Eike Batista fecha, quebra e desisti de fechar capital Eike desistir de fechar capital

Ações da CCX caem quase 40% após Eike desistir de fechar capital

Piora das condições do mercado levou empresário a desistir da OPA.
Outras empresas do grupo também apresentam queda nesta quinta.



As ações da CCX, empresa de Eike Batista que atua no segmento de carvão, enfrentam forte queda na BM&FBovespa após terem permanecido em leilão por 30 minutos nesta quinta-feira (20). Os papéis recuavam 35,94%, a R$ 0,82, por volta de 14h10.

Outras empresas do grupo também apresentam queda: OSX perde 10,27%, a R$ 1,66; MMX cai 6,40%, a R$ 1,17; LLX tem desvalorização de 7,77%, a R$ 0,95; e MPX não oscila, a R$ 8,50. A OGX, depois de recuar, passou a apresentar alta de 2,56%, cotada a R$ 0,80.
Na noite de quarta-feira, o controlador Eike Batista anunciou a desistência da oferta pública de aquisição de ações (OPA) para fechar o capital da CCX. O empresário atribui a desistência à "deterioração das condições do mercado acionário brasileiro", que teria afetado tanto a empresa de carvão quanto as demais do grupo EBX que seriam usadas como moeda de troca para tirar a companhia da bolsa.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Roberta Close vira motivo de piada ao aparecer com bochechas inchadas

Roberta Close vira motivo de piada ao aparecer com bochechas inchadas

Foto publicada por Walério Araújo (Foto: Repdorução - Instagram Walério Araújo)
Aos 48 anos, a musa dos anos 80 Roberta Close virou piada nas redes sociais por exagerar na aplicação de toxina botulínica. Uma foto da modelo transexual está circulando pela internet com a palavra "fofão" nos comentários.
Na imagem publicada pelo estilista Walério Araújo em seu Instagram, Roberta aparece com muito volume nas bochechas.
Ela estava sumida da mídia e foi relembrada - e criticada - após esta publicação, que foi divulgada no mesmo dia em que o Vídeo Show reprisou uma entrevista em 2000 concedida por ela ao personagem de Chico Anysio, no Zorra Total.
Roberta Close antes da aplicação da toxina botulínica (Foto: Roberto Teixeira e Alex Palarea)
Roberta Close no auge de sua carreira (Foto: Divulgação)
Roberta Close era musa dos anos 80 (Foto: Divulgação)
Roberta Close ao lado de David Brazil (Foto: Reprodução - Instagram David Brazil)