domingo, 14 de abril de 2013

Margaret Thatcher morreu e opositores comemoram

Centenas de opositores de Margaret Thatcher festejaram na noite deste sábado (13), na praça Trafalgar Square, no centro de Londres, a morte da ex-primeira-ministra britânica, Margaret Thatcher, vítima de um derrame cerebral no início da semana.
Antigos mineiros de carvão que participaram da greve nos anos 80 contra o governo da chamada "Dama de Ferro" se uniram a ativistas de extrema esquerda e a estudantes para comemorar a morte de Thatcher.
Manifestantes levaram uma efígie da líder conservadora até pés de monumento da Trafalgar Square (Foto: Ben Stansall/AFP)Manifestantes levaram uma efígie da líder conservadora até pés de monumento da Trafalgar Square (Foto: Ben Stansall/AFP)
A multidão levou até os pés da coluna de Nelson, um monumento na praça, uma efígie da líder conservadora, que incluía o característico colar de perolas e um cabelo formado por bolsas de plástico da cor laranja.
A manifestação foi acompanhada de perto pela polícia, após os incidentes da noite de segunda-feira durante comemorações espontâneas pela morte de Thatcher, aos 87 anos.
O clima era de carnaval na Trafalgar Square, com gente de todas as idades dançando, tocando instrumentos de percussão e fazendo barulho com apitos e buzinas.
A polícia prendeu cinco pessoas por embriaguez, perturbação da ordem pública ou agressão.
David Douglass, um ex-mineiro e membro da União Nacional de Mineradores de Yorkshire, disse que ficou "muito feliz" ao saber da morte de Thatcher, de acordo com a agência AFP. Ele afirmou que ela foi uma "mulher horrível". "Estamos absolutamente furiosos pela imagem que a TV passou de que todo o país está de luto".
Neste sábado, vários torcedores do time de futebol Liverpool exibiram cartazes criticando Thatcher durante partida e cantaram "Maggie está morta, morta, morta".
Durante sua gestão, entre 1979 e 1990, Thatcher privatizou indústrias, cortou drasticamente os gastos públicos, desmantelou partes importantes do Estado de bem-estar, reduziu impostos e enfraqueceu os sindicatos.
Com sua política ultraliberal, a "Dama de Ferro" provocou um forte aumento do desemprego e enfrentou graves conflitos sociais, como a longa greve de mineiros, severamente combatida em 1984.

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