sábado, 14 de janeiro de 2012

Dercy de Verdade fracasso total de baixa qualidade, de baixa gabarito e escalão de palavrões

Na verdade, Dercy era a cara de uma televisão apelativa, popularesca, de baixa qualidade, de baixa gabarito e escalão de palavrões. Como mostra o livro “História da Televisão no Brasil: do início aos dias de hoje”, de Ana Paula Goulart Ribeiro, Igor Sacramento e Marco Roxo, a Globo aproveitou aquele momento, de pressão do governo e da imprensa, para se livrar também de outros nomes “antigos”, associados ao universo popularesco, de baixaria e humilhação do povo brasileiro que não





combinavam com o seu projeto de modernização e integração nacional dos militares.
Em 1971, pressionada por causa de um episódio de baixaria exibido no programa do Chacrinha, a Globo se comprometeu a não explorar, “sob qualquer forma ou pretexto, a miséria, a desgraça, a degradação e a tragédia humanas”.
Na ocasião, Boni disse que o acordo com o governo, também assinado pela Tupi, tinha o objetivo de “eliminar os espetáculos de mau gosto”.
Além de Dercy, a Globo se livrou, também, de Chacrinha, Jacinto Figueira Junior (“O Homem do Sapato Branco”) e Raul Longras, entre outros nomes populares que ocupavam a programação da emissora.

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